Boletim Focus 10/02/2025: Aumento da inflação, Selic e Dólar Estável.

O que o último Boletim Focus Projeta para o Brasil

O Boletim Focus de fevereiro de 2025 revela um cenário econômico desafiador para os anos de 2025 e 2026, com pressões inflacionárias e uma leve desaceleração do crescimento econômico. O IPCA e o IGP-M mostram tendências de alta, refletindo preocupações com custos de produção e consumo. O PIB, embora ainda em crescimento, apresenta sinais de desaceleração, possivelmente impactado por incertezas globais e restrições fiscais. O câmbio e a Selic mantêm-se estáveis, com a taxa de juros em patamares elevados para conter a inflação. Esses indicadores sugerem um cenário de cautela para os próximos anos, com a necessidade de políticas econômicas que equilibrem o controle da inflação e o estímulo ao crescimento.


IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA, que mede a inflação oficial do país, continua apresentando uma tendência de alta nas expectativas de mercado para 2025 e 2026. Em fevereiro de 2025, a mediana das projeções para o IPCA foi de 5,58%, um aumento em relação às semanas anteriores, quando estava em 5,00% há quatro semanas e 5,51% há uma semana. Esse aumento reflete preocupações contínuas com pressões inflacionárias, possivelmente impulsionadas por custos de energia, alimentos e outros fatores. Para 2026, a expectativa é de uma inflação de 4,30%, também com uma tendência de alta em relação às semanas anteriores. A inflação acumulada em 12 meses suavizada também mostra uma trajetória ascendente, atingindo 5,87% em fevereiro de 2025, com projeções de continuidade desse movimento nos meses seguintes.


PIB (Produto Interno Bruto)

As expectativas para o crescimento do PIB em 2025 e 2026 mostram uma leve desaceleração. Para 2025, a projeção de crescimento do PIB é de 2,03%, uma ligeira redução em relação às semanas anteriores, quando estava em 2,02% há quatro semanas e 2,06% há uma semana. Já para 2026, a expectativa é de um crescimento de 1,70%, um pouco abaixo das projeções anteriores, que indicavam 1,80% há quatro semanas e 1,72% há uma semana. Essa desaceleração pode estar relacionada a incertezas globais e domésticas, além de possíveis restrições fiscais que impactam o investimento e o consumo.


Câmbio (R$/US)

O câmbio, que reflete a relação entre o real e o dólar americano, manteve-se estável nas projeções para 2025 e 2026. Em fevereiro de 2025, a mediana das expectativas para o câmbio foi de R$6,00 por dólar. A estabilidade do câmbio pode ser atribuída a uma combinação de fatores, como a política monetária do Banco Central e o fluxo de investimentos estrangeiros no país.


Selic (Taxa Básica de Juros)

A taxa Selic, que é o principal instrumento de política monetária do Banco Central, apresentou uma tendência de estabilidade nas projeções para 2025 e 2026. Em fevereiro de 2025, a expectativa para a Selic foi mantida em 15,00% ao ano, sem alterações em relação às semanas anteriores. Para 2026, a projeção é de uma Selic de 12,50%, com uma leve tendência de aumento em relação às semanas anteriores, quando estava em 12,00% há quatro semanas e 12,50% há uma semana. A manutenção da Selic em patamares elevados reflete a preocupação do Banco Central em controlar a inflação, mesmo em um cenário de desaceleração econômica.


IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado)

O IGP-M, que mede a inflação de preços no atacado, apresentou uma tendência de alta nas expectativas para 2025 e 2026. Em fevereiro de 2025, a mediana das projeções para o IGP-M foi de 5,03%, um aumento em relação às semanas anteriores, quando estava em 4,87%. Para 2026, a expectativa é de um IGP-M de 4,50%, também com uma tendência de alta em relação às projeções anteriores. Esse aumento pode estar relacionado a pressões nos custos de produção, como energia e matérias-primas, que impactam os preços no atacado.


Mais detalhes sobre o Boletim Focus

O Relatório Focus de 7 de fevereiro de 2025 apresenta atualizações para os principais indicadores econômicos do Brasil, com projeções para 2025 e 2026 que refletem um cenário de inflação elevada, juros altos e crescimento econômico moderado.

A inflação medida pelo IPCA para 2025 foi revisada para 5,58%, apresentando um aumento contínuo e reforçando a tendência de pressões inflacionárias persistentes. Esse movimento é impulsionado principalmente pelo aumento dos preços administrados, como energia elétrica e combustíveis, além do impacto da desvalorização cambial sobre os custos de importação. Para 2026, a inflação projetada é de 4,30%, um leve aumento em relação à previsão anterior. Esse patamar sugere que a inflação continuará acima do centro da meta do Banco Central, exigindo a manutenção de uma política monetária cautelosa.

O Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 foi ajustado para 2,03%, indicando uma leve desaceleração em relação à projeção anterior. O crescimento da economia segue limitado pelo impacto da taxa de juros elevada, que restringe o consumo e os investimentos. O setor de serviços e o agronegócio continuam sendo os principais impulsionadores do crescimento, mas o ambiente macroeconômico ainda impõe desafios para a expansão mais robusta da atividade econômica. Para 2026, o PIB esperado é de 1,70%, reforçando a tendência de crescimento moderado. A manutenção de juros elevados e as incertezas fiscais dificultam um avanço mais expressivo da economia.

A taxa de câmbio para 2025 continua projetada em R$6,00 por dólar, permanecendo estável em relação às semanas anteriores. Esse patamar reflete uma conjuntura de incertezas fiscais internas e uma política monetária global restritiva, que favorece a valorização do dólar. Para 2026, a projeção também se mantém em R$6,00, indicando que o mercado não espera uma recuperação significativa do real frente ao dólar nos próximos anos, o que pode continuar pressionando a inflação via aumento dos preços de produtos importados.

A taxa SELIC segue projetada em 12,50% para o final de 2025, reforçando a necessidade de juros elevados para conter a inflação e ancorar as expectativas do mercado. A política monetária restritiva permanece como ferramenta essencial para estabilizar os preços e garantir um ambiente de menor volatilidade econômica. Para 2026, a taxa de juros foi ajustada para 10,50%, indicando uma redução mais lenta da SELIC do que se previa anteriormente. Esse ajuste sugere que o Banco Central adotará um posicionamento mais conservador diante da persistência inflacionária.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) para 2025 foi atualizado para 5,03%, mantendo-se em um nível elevado. Esse índice, que reflete os preços ao produtor e o impacto do câmbio sobre os custos de produção, mostra que os repasses inflacionários ainda devem permanecer no curto prazo. Para 2026, a projeção é de 4,50%, indicando uma leve desaceleração, mas sem uma queda expressiva nos preços ao longo da cadeia produtiva.

As projeções para 2025 e 2026 indicam que a economia brasileira continuará enfrentando desafios relacionados à inflação persistente, ao crescimento moderado e à necessidade de juros elevados para conter as pressões inflacionárias. A política monetária deve permanecer rígida no curto prazo, enquanto a atividade econômica seguirá avançando em ritmo lento, impactada pelas incertezas fiscais e pelo cenário global ainda instável.


Resumo do Boletim Focus com os Pontos mais importantes

1. IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

  • 2025:

    • Mediana atual: 5,58% (aumento de 0,07 pontos percentuais em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 5,51% (diminuição de 0,07 pontos percentuais em relação à semana anterior).

  • 2026:

    • Mediana atual: 4,30% (aumento de 0,02 pontos percentuais em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 4,23% (diminuição de 0,07 pontos percentuais em relação à semana anterior).

  • 2027:

    • Mediana atual: 3,90% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 3,78% (aumento de 0,04 pontos percentuais em relação à semana anterior).

  • 2028:

    • Mediana atual: 3,90% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 3,56% (diminuição de 0,22 pontos percentuais em relação à semana anterior).

Análise: O IPCA apresenta tendência de aumento para 2025 e 2026, com estabilização em 2027 e uma leve queda esperada para 2028.

2. PIB (Produto Interno Bruto)

  • 2025:

    • Mediana atual: 2,03% (diminuição de 0,03 pontos percentuais em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 2,01% (diminuição de 0,02 pontos percentuais em relação à semana anterior).

  • 2026:

    • Mediana atual: 1,70% (diminuição de 0,02 pontos percentuais em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 1,70% (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2027:

    • Mediana atual: 1,96% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 2,00% (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2028:

    • Mediana atual: 2,00% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 2,00% (sem alteração em relação à semana anterior).

Análise: O PIB apresenta uma leve queda para 2025 e 2026, com estabilização em 2027 e 2028.

3. Câmbio (R$/US)

  • 2025:

    • Mediana atual: 6,00 (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 6,00 (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2026:

    • Mediana atual: 6,00 (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 6,00 (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2027:

    • Mediana atual: 5,93 (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 5,99 (diminuição de 0,01 pontos em relação à semana anterior).

  • 2028:

    • Mediana atual: 5,99 (diminuição de 0,01 pontos em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 5,88 (diminuição de 0,11 pontos em relação à semana anterior).

Análise: A taxa de câmbio permanece estável para 2025 e 2026, com uma leve queda em 2027 e 2028.

4. Selic (Taxa Básica de Juros)

  • 2025:

    • Mediana atual: 15,00% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 15,25% (aumento de 0,25 pontos percentuais em relação à semana anterior).

  • 2026:

    • Mediana atual: 12,50% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 12,50% (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2027:

    • Mediana atual: 10,50% (aumento de 0,12 pontos percentuais em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 10,00% (sem alteração em relação à semana anterior).

  • 2028:

    • Mediana atual: 10,00% (sem alteração em relação à semana anterior).
    • Expectativa para o ano: 10,00% (sem alteração em relação à semana anterior).

Análise: A taxa Selic permanece estável em 2025, com aumentos esperados para 2026 e 2027, seguidos de estabilização em 2028.

Conclusão

  • IPCA: Tendência de aumento nos próximos anos, com estabilização e leve queda em 2028.
  • PIB: Leve queda em 2025 e 2026, com estabilização nos anos seguintes.
  • Câmbio: Estabilidade na taxa de câmbio, com uma leve queda em 2027 e 2028.
  • Selic: Aumentos moderados na taxa de juros até 2027, com estabilização em 2028.

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